segunda-feira, 8 de abril de 2019

Salvação Fora da Igreja: Tomás de Aquino vs A Igreja de Roma (Parte 2)


Nesta segunda parte, vamos explorar a posição daquele que melhor representa o pensamento medieval sobre o tema – Tomás de Aquino. Seguiremos abordando o material de F.A Sullivan que apresenta a pesquisa histórica mais substanciosa sobre a doutrina “fora da igreja não há salvação”. Nosso enfoque neste teólogo se dá pela sua importância para a Igreja de Roma. Não raramente apologistas católicos citam Aquino como uma espécie de porta-voz da doutrina de Roma. Como já demonstrado em outros artigos neste blog, a suposição de que o ensino de Aquino é necessariamente o ensino de Roma é falsa. O tema em questão é mais um dentre outros que oporia o atual ensino de Roma e o teólogo medieval.

Vimos na primeira parte que Agostinho desenvolveu a ideia de que a vontade salvífica de Deus não era universal. Dessa forma, alguns não seriam salvos apenas porque não era a vontade divina salvá-los. Agostinho resolvia o problema dos não-evangelizados apelando à doutrina da predestinação. Esta posição não prevaleceria entre os teólogos medievais. Sullivan escreve:

O fato de que na igreja oriental nunca houve qualquer dúvida sobre a universalidade da vontade salvífica de Deus, e que a controvérsia levantada por Gottschalk no Ocidente tinha sido resolvida em favor da doutrina de Hincmar de Reims, significava que para os teólogos medievais não havia dúvida em rejeitar à posterior exegese de Santo Agostinho de 1 Timóteo 2: 4. Sua teoria de um salvamento menos que universal não prevaleceria para se tornar parte da tradição cristã de linha principal. Houve um claro consenso entre os teólogos medievais de que a vontade salvífica “antecedente” de Deus é verdadeiramente universal. (Sullivan, Francis A, Salvation Outside the Church? Tracing the History of the Catholic Response, Wipf and Stock Publishers, 2002, p. 45)

Sullivan menciona de relance uma questão paralela à salvação dos não-evangelizados, que seria a salvação dos infantes. Qual seria o destino das crianças que morreram sem o batismo? De forma semelhante, os teólogos medievais não seguiriam as posições de Agostinho:

Outro ponto de vista de Agostinho que não sobreviveu foi que as crianças que morreram não-batizadas sofreriam (mitigavam) a punição no inferno pela culpa do pecado original. Foi Santo Anselmo (1033-1109) que forneceu a chave para a solução desse problema, com sua percepção de que o pecado original consiste na privação da justiça original de nossos primeiros pais. A partir dessa premissa, Pedro Abelardo (1079-1142) chegou à conclusão de que a consequência do pecado original para os bebês que morreram não batizados seria simplesmente a privação da visão beatífica, e não o castigo positivo devido ao pecado pessoal. A conclusão de Abelardo foi confirmada por Pedro Lombardo, cujo Livro das Sentenças, concluído em 1158, tornou-se o livro padrão de teologia para a Idade Média e adiante. A influência de Lombardo foi tal que sua doutrina sobre o destino de crianças não batizadas foi retomada e confirmada pelo papa Inocêncio III em uma carta que ele escreveu ao bispo de Arles em 1201. O papa escreveu: “A punição do pecado original é a falta da visão de Deus; a do pecado real é o tormento do inferno eterno.” Depois dessa aprovação papal da solução dos teólogos medievais ao problema do destino de crianças não batizadas (posteriormente conhecida como a solução “limbo”), a rigorosa doutrina de Santo Agostinho sobre esta questão foi geralmente abandonada. A Igreja Católica nunca declarou definitivamente que a solução do “limbo” fosse a verdadeira, mas a defendeu contra os jansenistas que afirmavam que ela envolvia algo da heresia do pelagianismo. (F.A Sullivan, p. 45-46)

Esta é só mais uma demonstração da ineficiência do magistério da Igreja Romana. Apologistas católicos afirmam que necessitamos do magistério para ter certeza doutrinária. Sem o magistério romano, não podemos diferenciar o ensino correto do ensino falso. A questão é como um magistério que permite que gerações e gerações de cristãos morram sem estarem esclarecidos sobre a doutrina correta podem ter tal segurança doutrinária? Uma questão importante é que neste período não havia a diferenciação entre falível ou infalível, magistério extraordinário ou ordinário. Tais categorias só seriam criadas no Concílio Vaticano I com a definição de infalibilidade papal. Ou seja, cristãos desse período acreditaram sim que o limbo era parte da verdade revelada. No entanto, hoje o magistério apenas diz que não se sabe ainda.

Aquino tinha soluções diferentes a depender do tempo em questão a respeito da salvação fora da igreja. Assim como os pais da Igreja, ele considerava de forma diferente os que viveram antes e após Cristo. Sullivan comenta:

Como veremos, Tomás admitiu que, em alguns casos, uma fé em Cristo, que estava implícita poderia ser suficiente. No entanto, referindo-se à fé na providência e existência de Deus como descrita em Hebreus 11: 6, ele declarou:

Deve ser dito que em todas as ocasiões e para todos, sempre foi necessário crer explicitamente nessas duas coisas". (Epistola 43:1)

Era um princípio absoluto para São Tomás que ninguém jamais teria sido salvo sem fé na existência e providência de Deus. Era provavelmente um princípio absoluto para ele que “ninguém jamais teve a graça do Espírito Santo exceto através da fé em Cristo, seja explícita ou implícita” (Epistola 43:3,6)

A questão, então, é: para quem e sob quais condições seria a fé implícita em Cristo suficiente? Primeiro, São Tomás admitiu a suficiência de tal fé implícita em Cristo para os gentios antes da era cristã: se não para todos eles, pelo menos para as pessoas comuns a quem nenhuma revelação do messias futuro havia chegado. Tomás acreditava que "muitos dos gentios haviam recebido revelações sobre Cristo". No entanto, ele acrescentou:

“Se alguns gentios foram salvos, sem receber qualquer revelação [sobre Cristo], eles não foram salvos sem fé no mediador. Porque, embora não tivessem fé explícita, eles tinham uma fé implícita na sua fé na provisão divina, acreditando que Deus é o libertador da humanidade de maneiras que Ele mesmo escolhe” (Epistola 43:9,27) (Citado em F.A Sullivan, p. 50-51)

Em resumo, para aqueles que viveram antes de Cristo, a fé na existência e providência de Deus já traria em si uma fé em Cristo, sendo suficiente para salvar. Isto, por si só, já poria Tomás em oposição ao moderno ensino de Roma, segundo o qual até mesmo um pagão, que não crê na existência ou providência do único Deus verdadeiro, poderia ser salvo. Todavia, as ideias de Tomás a respeito daqueles que nasceram na era Cristã eram ainda mais incompatíveis. Sullivan disse:

Enquanto São Tomás permitia a suficiência da fé implícita em Cristo antes que o evangelho tivesse sido promulgado, ele foi categórico ao afirmar a necessidade da fé cristã explícita em seus próprios dias:

“Depois que a graça foi revelada, todos, tanto os eruditos quanto os simples, estão obrigados a ter fé explícita nos mistérios de Cristo, especialmente com respeito àqueles mistérios que são celebrados pública e solenemente na igreja, tais como aqueles que se referem ao mistério da encarnação”. (Enarr. in Ps. 106:14)

Quão absoluta sua convicção foi nesse ponto é ilustrada pela resposta que ele deu ao problema levantado pela possibilidade de que, mesmo em seu próprio dia, poderia haver alguém que não tivesse tido a chance de ouvir a mensagem sobre Cristo. Sua resposta, de que Deus proveria os meios pelos quais tal pessoa poderia chegar à fé explícita em Cristo, mostra quão sem exceção ele acreditava que a necessidade dessa fé era. Por outro lado, sua resposta também envolveu sua convicção sobre a universalidade da vontade salvífica de Deus. (F.A Sullivan, p. 51)

A resposta a qual Sullivan menciona está nas citações abaixo retiradas das obras de Aquino:

Objeção: É possível que alguém possa ser criado na floresta ou entre lobos. Tal homem não pode saber explicitamente algo da fé.

Resposta: É característica da Divina Providência proporcionar a cada homem o necessário para a salvação (…) sempre que de sua parte não haja obstáculo algum. No caso de um homem que busca o bem e aparta-se do mal, pela guia da razão natural, Deus o revelaria através da inspiração interior o que deve ser crido ou enviar-lhe-ia um pregador da fé (...) (De Veritate, 14, a. 11, ad 1)

Aquino acreditava que os que nunca ouviram o evangelho, mas manifestariam a fé em Cristo caso o ouvissem, receberiam a mensagem do evangelho ou por uma revelação privada (o que ele chamou de “inspiração interior”), ou através de um pregador da fé. Era absolutamente impossível um homem nascido na era cristã ser salvo sem manifestar a fé explícita na mensagem do Evangelho. Ninguém que morrera ignorante sobre o evangelho poderia ser salvo. A mesma posição pode ser verificada em outra obra:

Se um homem nascido entre nações bárbaras faz o que pode, Deus mesmo lhe mostrará o que é necessário para a salvação, seja pela inspiração ou enviando-lhe um mestre. (Sent. II, 28, q. 1, a. 4, ad 4)

Sullivan traz outras citações em que a mesma posição é expressa por Tomás:

A convicção de São Tomás de que, por um lado, a fé explícita em Cristo era necessária e, por outro, que Deus não deixaria uma pessoa sincera sem os meios necessários para sua salvação, levou-o a oferecer a seguinte solução para este caso:

A exposição do que deve ser acreditado para a salvação seria fornecida a essa pessoa por Deus, seja por um pregador da fé como no caso de Cornélio ou por uma revelação, de modo que estaria dentro do poder do livre arbítrio fazer um ato de fé! (Encbiridion ad Laurentium de fide et spe et caritatej 23 :93)

Se alguém foi criado no deserto ou entre animais brutos, contanto que ele seguisse sua razão natural em buscar o bem e evitar o mal, nós certamente deveríamos afirmar que Deus revelaria a ele por uma inspiração interior o que deve ser acreditado, ou enviaria um pregador a ele, como ele enviou Pedro a Cornélio. (De natura et gratia 4-5)
Em seu Comentário sobre Romanos, São Tomás mencionou o mesmo caso, mas não mencionou a possibilidade de Deus fornecer revelação ou inspiração. Aqui ele disse apenas que Deus enviaria alguém para pregar o evangelho a uma pessoa criada no deserto, contanto que ele estivesse fazendo o que pudesse com a graça recebida de Deus (De correptione et gratia 7:1 1—12).  (F.A Sullivan, p. 53)

Observem como Aquino utiliza o exemplo de Cornélio para elucidar seu ponto. Deus enviou Pedro a Cornélio. Da mesma forma, Deus enviaria um pregador ao que ainda não recebeu a mensagem, ou até mesmo a revelaria diretamente. Em todo o caso, o salvo jamais morreria ignorante a respeito do evangelho. Apesar de controverso, alguns tomistas (creio ser o grupo minoritário) acreditam que Aquino amadureceu seu posicionamento teológico sobre esta questão. Sullivan traz a posição de J. Guibert, segundo o qual Tomás teria passado a usar a solução agostiniana para o problema dos não-evangelizados:

Finalmente, na Suma Teológica encontramos um tratamento diferente do problema. Aqui não há menção da “criança criada no deserto”, mas, em termos gerais, daqueles que não ouviram nada sobre a fé. O que é mais importante na Suma, que é a obra mais madura de São Tomás, é que não há menção da ideia de que se tais pessoas estivessem fazendo o que estivesse em seu poder, Deus certamente forneceria os meios pelos quais elas poderiam chegar à fé explícita em Cristo. Aqui a solução parece ser mais agostiniana. De fato, uma obra de Santo Agostinho é citada como autoridade para ela. Em resposta à objeção de que as pessoas que não tiveram a chance de ouvir o evangelho não poderiam ser obrigadas a ter fé explícita, Tomás responde:

O homem é obrigado a fazer muitas coisas que ele não pode fazer sem estar curado pela graça, como amar a Deus e ao próximo, e sabiamente acreditar em artigos de fé. Agora, a quem o socorro divino é dado, é dado pela misericórdia de Deus, e a quem é negado, é negado por sua justiça, como castigo pelo pecado anterior, pelo menos pelo pecado original, como diz Agostinho em livro De correptione et gratia. (Contra julianum 4:8,44—45)

A ideia de que Deus poderia justamente negar a graça necessária como uma punição pelo pecado pessoal é meramente o reverso do axioma de que Deus não nega graça àquele que faz o que está em seu poder para fazer. Mas que Deus poderia justamente negar a graça necessária como punição apenas pelo pecado original é uma ideia bem diferente, que São Tomás derivou de um dos trabalhos anti-pelagianos de Santo Agostinho, com o qual ele se tornou mais familiarizado no decorrer de sua sua carreira.

Isto levou à especulação se Tomás, quando escreveu a Suma, poderia não mais estar confiante de que Deus enviaria um pregador para fazer com que a pessoa que estivesse "fazendo o que estava em seu poder" não perdesse a possibilidade de vir a fé explícita em Cristo. J. Guibert sugeriu que, no curso de sua vida, Tomás pode ter percebido que não apenas a rara “criança criada no deserto”, mas nações inteiras ainda nunca haviam ouvido o evangelho pregado, e que para resolver o problema ele apelou à solução agostiniana de que sua ignorância do evangelho poderia ser entendida como um castigo pelo pecado, pelo menos pelo pecado original. (F.A Sullivan, p. 54)

Parece-me claro que Tomás apelou a solução agostiniana na Suma Teológica, o que o colocaria em franca oposição à teologia romana não somente na questão dos não-evangelizados, mas também em oposição à boa parte da soteriologia romana. Os tomistas que se opõem a Guibert afirmam que Aquino continuaria a expressar a solução anterior (não-agostiniana) em obras do mesmo período da Suma Teológica – seria o caso do comentário da Carta aos Romanos. Sabemos que a Suma é uma das últimas obras de Aquino, e embora o comentário de Romanos seja de período semelhante, é difícil afirmar se foi posterior ou anterior à Suma. Além disso, a Suma foi provavelmente escrita no período de 1265-1273, ou seja, é perfeitamente possível que toda a Suma ou ao menos trechos dela tenham sido escritas após o comentário e representem a posição mais madura de Aquino. Algumas datações afirmam que a Suma foi concluída após o comentário aos Romanos (aqui). Dessa forma, a tese de Guibert é no mínimo respeitável e está ancorada no fato de que, em sua fase teológica mais madura, Aquino fez uso da solução agostiniana.

A objeção comumente apresentada por católicos quando apontamos o posicionamento dos teólogos medievais (a exemplo de Aquino) é afirmar que tais homens eram ignorantes a respeito da existência de povos não-evangelizados. Eles viveram antes do descobrimento da América e não saberiam da existência de nações inteiras totalmente ignorantes a respeito do Evangelho. Primeiramente, é evidente que os teólogos medievais lidaram com este problema teológico e elaboraram respostas para a questão. Ainda que eles estivessem a falar apenas no campo da hipótese, não há razão alguma para pensar que eles mudariam o pensamento teológico apenas porque o exemplo deixou de ser hipotético. Ademais, há boas razões para pensar que eles estavam cientes da existência de indivíduos reais que nunca ouviram o Evangelho (caso de Aquino) ou, em alguns casos, até mesmo nações inteiras. Sullivan disse:

O pressuposto comum dos teólogos medievais parece ter sido que o evangelho havia sido pregado em toda parte, e que seria apenas a rara exceção (a criança criada no deserto) se alguém não tivesse ouvido falar de Cristo. Mas há algumas razões para pensar que Aquino pode ter chegado a saber que isso não era tão raro. Em primeiro lugar, no século XIII, Francisco e os missionários dominicanos penetraram bastante na Ásia, e Marco Polo voltou da China (...) Um dominicano contemporâneo [de Aquino], chamado Humberto dos Romanos, também falava de pagãos encontrados nas regiões do norte, referindo-se a eles como adoradores de ídolos chamados Pbiteni, cuja conversão era esperada (29). (F.A Sullivan, p. 55)

Sullivan também relatou:

A questão de se, em seu próprio dia, o Evangelho havia sido pregado em todos os lugares do mundo, São Tomás deu uma resposta diferenciada, distinguindo entre o “renome” (notícia ou fama) de Cristo que havia penetrado em todas as regiões do mundo, e a pregação do evangelho “com pleno efeito”, que envolvia o estabelecimento da igreja (De vocatione 2:17). São Tomás afirmou que este último ainda não havia sido cumprido em todos os lugares e que sua realização era uma condição a ser cumprida antes da chegada final do reino de Deus. São Tomás expressou sua opinião ao dizer que, embora a “notoriedade” do evangelho tivesse alcançado todas as nações, isso não significava que tivesse alcançado todos os indivíduos. Poderia haver alguém que, como a “criança criada no deserto”, não tenha ouvido nada sobre Cristo. (F.A Sullivan, p. 56)

Ou seja, embora não saibamos certamente se Tomás de Aquino estava ciente da existência de nações inteiras não evangelizadas, é certo que ele sabia da existência real e não apenas hipotética de indivíduos que nunca ouviram o evangelho.

Até então nos concentramos na questão dos não-evangelizados, mas devemos também tratar da questão dos judeus, muçulmanos, heréticos e cismáticos. A doutrina da ignorância invencível admite a possibilidade de até mesmo indivíduos de tais grupos serem salvos, ainda que todos eles conheçam o Evangelho. A posição de Aquino era bem diferente. Sullivan prossegue:

Em qualquer caso, a falta de fé cristã por parte de qualquer um que tivesse ouvido falar de Cristo envolveria o pecado da incredulidade, do qual Thomas distingue três tipos:

Visto que o pecado da incredulidade consiste na rejeição da fé, este pode ocorrer de duas maneiras: ou rejeita a fé que nunca foi aceita, e esta é a incredulidade de pagãos ou gentios, ou rejeita a fé cristã que uma vez foi aceita. Ou foi aceito em sua pré-definição (in fura), e esta é a incredulidade dos judeus, ou foi aceito na própria manifestação da verdade, e esta é a incredulidade dos hereges. (De veritate praedestinationis 3: 16—18)

Não pode haver dúvida sobre o fato de que São Tomás julgou todos os judeus e hereges como culpados de incredulidade pecaminosa, junto com "gentios" e os muçulmanos, que se acredita terem ouvido o suficiente sobre a religião cristã para serem culpados rejeitá-la (...) Como já vimos, São Tomás reconheceu a possibilidade de alguém ser tão totalmente ignorante da fé que sua incredulidade seria simplesmente inculpável. Ao mesmo tempo, parece claro que ele compartilhou, com seus contemporâneos, a visão de que nenhum judeu ou muçulmano teria tal desculpa, ou escaparia da justa condenação pela rejeição da fé cristã. (F.A Sullivan, p. 58)

Em síntese, podemos afirmar que Tomás de Aquino não cria na possibilidade de salvação de hereges, judeus ou mulçumanos. Muito menos acreditava que pessoas que morreram ignorantes a respeito do evangelho poderiam ser salvas. Fé explícita é uma condição indispensável para a salvação. 

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