Neste
artigo, vamos abordar o testemunho de Epifânio de Salamina contra o uso de
imagens na Igreja. Nós já tratamos detalhadamente sobre os pais pré-nicenos
foram unanimemente contra o uso de imagens no culto cristão (aqui).
Também falamos sobre o testemunho de Eusébio e a atitude da Igreja com relação
às imagens no séc. IV (aqui).
Eu recomendo também os artigos do meu amigo Pedro Gaião, que tem feito um
importante trabalho de pesquisa neste assunto. Ele tratou do testemunho de
Jerônimo (aqui),
de Gregório Magno (aqui)
e também forneceu um panorama sobre o estado da evidência (aqui).
Ele também identifica o primeiro teólogo a
escrever um tratado em favor do culto às imagens: Anastácio de Teópolis (aqui).
O detalhe é que ele viveu nos séculos VI e VII. Ou seja, estamos falando de
centenas de anos após a morte do último apóstolo. Quem ler todo o material
acima e checar as fontes primárias bem como as fontes secundárias pode concluir que a ideia de que os apóstolos legaram à Igreja o culto aos ícones é absurda. Ocorre que é justamente
isso que apologistas católicos romanos (não modernistas) e ortodoxos orientais
defendem. Volta e meia até ouvimos falar da lenda de que Lucas era um pintor de
quadros. Poucas doutrinas tiveram tanto apoio de lendas, falsificações
históricas e relatos espúrios em sua construção como o culto às imagens. Por
ser um assunto cuja história os protestantes deixam de lado, esse
“terraplanismo histórico” é largamente disseminado em debates nas redes, sem
muita oposição. Desta vez, vamos continuar no período niceno (sec. IV) e
abordar o relevante testemunho de Epifânio de Salamina contra o uso de imagens
na Igreja. Vejamos:
Eu entrei para orar e encontrei uma cortina
pendurada nas portas da referida igreja, tingida e bordada. Ela tinha
uma imagem de Cristo ou de um dos santos. Não me lembro direito de quem era
a imagem. Vendo isso, e sendo contrário a que a imagem de um homem fosse
pendurada na igreja de Cristo, contrariando o ensino das Escrituras, rasguei-a
em pedaços e aconselhei os guardiões do local a usá-la como coberta para
uma pessoa pobre. Eles, no entanto, murmuraram e disseram que, se eu decidisse
rasgá-lo, era justo que eu lhes desse outra cortina em seu lugar. Assim que
ouvi isso, prometi dar uma e disse que o enviaria imediatamente. Desde então,
houve um pequeno atraso, devido ao fato de eu ter procurado uma cortina da
melhor qualidade para que lhes fosse oferecida, em vez da anterior, e achei
oportuno enviar para o Chipre. Enviei agora a melhor que pude encontrar e peço
que ordene ao presbítero do local que pegue a cortina que enviei pelas mãos do
Leitor e que depois você dará instruções sobre as cortinas de outros tipos -
opostas como são à nossa religião - não serão pendurados em nenhuma igreja de
Cristo. (Carta 51 para João, o bispo de Jerusalém)
O testemunho acima é óbvio e não abre margem
para interpretações. Epifânio considerava contrário às Escrituras colocar na
Igreja imagens de homens. Durante a controvérsia iconoclasta (séc. VIII), o
testemunho dele foi largamente utilizado. A resposta dos iconófilos foi
afirmar que Epifânio cultuava ícones e que esta citação seria uma falsificação.
O problema é que tal afirmação nunca foi baseada em crítica textual da carta
51. Não há notícia de qualquer cópia dessa carta que não contenha a citação
acima. A carta consta da edição dos pais nicenos de Philip Schaff, sendo
inclusive hospedada num site católico romano, conforme link acima. Destaca-se
que Epifânio pressupõe que tal prática não ocorria nas Igrejas Cristãs “não são
pendurados em nenhuma igreja de Cristo”. Ele não parece ter nenhuma noção de
estar praticando algo contra uma tradição estabelecida. Pelo contrário, ele
evoca a prática de toda a Igreja. Numa obra mais antiga, ele condena o culto às
imagens no contexto pagão:
Não pense que os ídolos morreram porque, de fato, nunca estiveram
vivos. Ensine, sempre e para todos, que eles não existem e que estão vãos e
vazios, porque eles não existiram no passado (...) Eles são espíritos do mal,
as criações da imaginação humana, que ficaram mais fortes por causa dos
prazeres. Então todo mundo se atreveu [estabeleceu] sua própria paixão como
objeto de piedade. (Ancoratus – cap. 102)
Joseph Dahlstrom escreveu sobre esta citação:
A evidência mais convincente da possível iconofobia de Epifânio está
localizada nos capítulos 102 e 103 [da obra Ancoratus]. Ele ridiculariza os
gregos e egípcios por sua adoração a falsos ídolos, chamando os ídolos de
"vãos e vazios", "maus espíritos da imaginação do homem” e
“objetos de prazer”. Isso se refere ao Livro da Sabedoria 14:12-21, sobre as
origens de falsos ídolos, onde Salomão apócrifo condena a falsificação de
ídolos feitos por médiuns artesãos, citando a adoração de ídolos como a raiz do
mal e a força motriz por trás das ofensas à Lei de Moisés, incluindo sacrifício
de crianças, adoração fora do Templo, divórcio e assassinato. Referências como
essas mostram a ênfase de Epifânio na adesão à Lei de Moisés e demonstram a
crença de Epifânio de que o cristianismo era uma extensão do judaísmo. A adesão à Lei, que proíbe imagens
esculpidas e adoração de ídolos, além de um reconhecimento do aniconismo
implementado nas reformas de Ezequias, Josias e Oséias manifestam, com certeza,
ideias iconofóbicas, inclusive sobre imagens cristãs. (Joseph Dahlstrom, “Epiphanius of Salamis and theSecond Council of Nicaea”, p. 2)
Na sua mais importante obra “Panarion”,
Epifânio também manifesta sua posição iconoclasta:
Eles têm imagens coloridas. Alguns, além disso, têm imagens feitas de
ouro, prata e outros materiais que eles dizem
serem retratos de Jesus feitos por Pôncio Pilatos! Ou seja, os retratos de
Jesus real enquanto ele estava morando entre os homens! Eles possuem imagens
como essas em segredo, e de certos filósofos (...) e também colocam outros retratos de Jesus com esses filósofos. (Panarion, Livro I, Cap. 27:6:9-10)
Nesta obra, Epifânio intenta refutar vários
grupos heréticos. A citação se refere ao grupo herético dos carpocratianos. Ou
seja, ele está criticando a atitude de fazer imagens de Cristo e pressupõe que
esta não era uma prática da Igreja. Joseph Dahlstrom comenta:
Outro tema consistente em Panarion é uma continuação da condenação da
adoração de ídolos. No entanto, em sua refutação dos carpocratianos, ele ataca a criação de imagens de Jesus
para adoração ao lado de figuras gregas proeminentes. (Dahlstrom,
p. 3)
Nestes dois tratados (Ancoratus e Panarion), a
iconofobia de Epifânio está presente, mas não é tão explícita como na já citada
Carta a João de Jerusalém. A seguir, veremos outros documentos onde a
condenação é igualmente explícita. Infelizmente, possuímos acesso apenas a
trechos dessas cartas que foram preservados porque foram citadas no Concílio
iconófilo de Niceia II e por Nicéforo de Constantinopla. Na verdade, os trechos
são oriundos do concílio iconoclasta de Hieria e seus documentos foram citados
em Niceia II. A razão pela qual não temos acesso a essas cartas é porque os
iconófilos promoveram a destruição dos registros históricos considerados
iconoclásticos. Dahlstrom comenta que “depois do Segundo Concílio de Niceia, os
escritos de Epifânio de Salamina despareceram para a obscuridade, em sua maior
parte” (Dahlstrom, p. 7). Não bastasse o apelo a lendas e uso de falsificações,
eles promoveram uma “limpeza” histórica. Isto, infelizmente, era comum nos
debates antigos. O mesmo sucedeu à Orígenes e Nestório. A respeito do primeiro,
há severas dúvidas sobre a autenticidade ou integridade de várias de suas
obras. Já com relação ao segundo, não temos acesso a quase nada dele
propriamente. O que sabemos é em grande parte a partir de seus detratores. O
trecho a seguir é da carta dogmática de Epifânio:
E se alguém se ocupa em representar a palavra de Deus encarnada em materiais coloridos, "seja
anátema". (Bigham,
Stéphane. Epiphanius of Salamis, Doctor of Iconoclasm? Deconstruction of a
Myth. Rollinsford, NH:Orthodox Research Institute, 2008, p. 17)
Já no fim de sua vida Epifânio endereça
algumas palavras a sua congregação que foram nomeadas como “A vontade de
Epifânio endereçada aos membros de sua Igreja”. Este fragmento é por vezes
chamado de testamento:
Lembrem-se (...) Não ponham
imagens nas igrejas ou nos cemitérios dos santos, mas pela lembrança,
sempre mantenham Deus em seus corações, mas
não em suas casas. Não é permitido
ao cristão ficar distraído pelos olhos ou pela agitação da mente, mas todos
vocês, inscrevam as coisas de Deus em suas partes mais profundas. (Bigham, p. 21)
Em outro tratado contra as imagens, que foi
provavelmente produzido para que Epifânio explicasse melhor suas crenças a
respeito, ele disse:
Quem entre os santos Padres alguma vez já se prostrou diante de uma representação feita pelas mãos dos
homens ou permitiu que seus próprios discípulos se prostrassem na frente delas? (Bigham,
p. 14)
Joseph Dahlstrom comenta esse tratado e traz
outras oportunas citações:
O tratado é uma explicação mais completa das crenças de Epifânio.
Acredita-se que este documento foi escrito em resposta ao pedido de Anautha
retratado no Post Scriptum [Carta 51]. O tratado é um apelo aos cristãos para
examinarem os feitos e o comportamento dos patriarcas e profetas. Ele acredita
que os patriarcas e os profetas são os modelos ideais para o cristianismo na
medida em que detestavam ídolos e, em
vez disso, contemplavam a divindade internamente (...) Ele se dirige
àqueles que criam imagens em memória para honrar a vida dos santos, avisando-os de que as imagens criadas por
um artista são apenas uma projeção de sua insanidade. Em vez disso, ele
sugere que eles devem "colocar os
mandamentos [dos apóstolos] no lugar de suas imagens” [Bigham, p. 14],
acrescentando também que essas representações físicas dos santos e os anjos são representações inadequadas, mortas e
inanimadas dos seres vivos. Ele apela à natureza inefável de Deus,
perguntando: “Como alguém pode dizer que
Deus, o incompreensível, inexprimível, inacessível pela mente e
incircunscritível, pode ser
representado, logo Ele a quem Moisés não podia olhar?” [Bigham, p. 18] Este
é um argumento mais convincente, porque, como ele pergunta, como é possível fisicalizar e imaginar o
que está além da natureza física? Por fim, ele observa que o próprio Jesus
nunca deu uma ordem para cultuar uma imagem de sua semelhança, nem devem
ajoelhar-se diante dela. Em vez disso, ele argumenta, eles deveriam se prostrar
diante de Cristo vivo "em espírito e em verdade" (João 4:24). (Dahlstrom,
p. 4)
Outro documento é uma carta de Epifânio ao
imperador Teodósio. Prossigamos com os comentários de Dahlstrom:
O último documento que vale a pena mencionar que sugere crenças
iconofóbicas é a carta de Epifânio ao imperador Teodósio. Epifânio inicia sua
carta afirmando que o diabo introduziu a idolatria no mundo e está liderando
ativamente membros fiéis da Igreja de volta à idolatria através das pinturas coloridas de Deus. Ele observa que ele é um
defensor da fé eterna e protegida confessada no Primeiro Concílio de Niceia,
que não vai iniciar uma nova fé, mas que
continuou a fé herdada de geração em geração. Epifânio dedica uma parte de
sua carta para fazer sugestões sobre como lidar com membros da Igreja que exibem iconografia, incluindo o uso de portas
pintadas, cortinas para roupas funerárias, a limpeza de imagens pintadas e o
trabalho para remover imagens em mosaico. Um de seus últimos pontos é a
licença dos artistas para criar imagens com base nas imagens de seus
pensamentos, o que Epifânio realmente
acredita ser uma prática pecaminosa, prejudicial e desrespeitosa. As
imagens não representam sujeito reais de culto. Ao contrário, eles oferecem a interpretação da imaginação
de um artista, que distrai da verdadeira veneração. (Dahlstrom,
p. 5)
Percebe-se que Epifânio não era apenas contrário
ao culto às imagens. Ele se opunha a qualquer fabricação dos ícones. Esta
proibição não se aplicava apenas à Igreja, mas também aos cemitérios e casas
dos cristãos. Novamente, ele apela à tradição e entende que a fé herdada é
incompatível com a fabricação de ícones.
A autenticidade dos documentos
A evidência a partir de Epifânio é clara e não
exige maiores comentários. A postura de iconófilos como João Damasceno,
Nicéforo de Constantinopla e Teodoro Estudita foi questionar a autenticidade de
todas as citações explicitamente iconoclastas. Eles não ofereceram argumentos
convincentes que apelassem a crítica textual dos documentos. Seus argumentos
foram mais no sentido de que a iconoclastia não se encaixava com o pensamento
geral de Epifânio e de que os herdeiros da tradição de Epifânio (a Igreja do Chipre)
se firmaram contrários aos iconoclastas durante a controvérsia. Outro argumento
encontrado em sites apologéticos ortodoxos (aqui)
é de que os seguidores imediatos de Epifânio ergueram igrejas adornadas com
muitos ícones em sua homenagem.
O primeiro argumento iconófilo pressupõe uma
iconofilia que não é encontrada em nenhum escrito de Epifânio. Pelo contrário,
mesmo em obras cuja autenticidade não foi questionada (Ancoratus e Panarion), a
iconofobia de Epifânio é evidente. Além disso, a iconofobia era a posição
padrão ainda no séc. IV (vide Concílio de Elvira e Eusébio). Os ortodoxos
distorcem a história ao dizerem que como Epifânio era um bispo ortodoxo, ele
não poderia ser iconofóbico. É o contrário. A igreja herdou do judaísmo e dos
apóstolos (que eram Judeus) o costume de não usar ícones. Esta era a tradição
da Igreja. O uso de ícones é que é a inovação.
O segundo argumento apela a postura da Igreja
cipriota no séc. VIII. João Damasceno menciona que visitou Igrejas no Chipre
que eram adornadas com muitos ícones. O problema desse argumento é que há um
espaço de mais de 3 séculos entre a morte de Epifânio e o período da
controvérsia iconoclasta. Trata-se de um longo período de tempo em que a
tradição iconoclasta de Epifânio poderia ter sido perdida. Nenhum historiador
da Igreja nega que houve rupturas. Qualquer um que compare a Igreja do séc. I e
do séc. IV vai constatar mudanças relevantes. A ideia de que a Igreja é um
contínuo sem mudanças em suas práticas faz parte de uma visão ingênua e
idealizada.
O terceiro argumento é uma lenda popularizada
por Teodoro Estudita. Não há nenhuma evidência histórica de que a Igreja
cipriota imediatamente após Epifânio adotou uma rica iconografia, a despeito de
seu pedido. Isto poderia ser válido para a igreja cipriota do séc. VIII, mas
dificilmente era o caso desta igreja nos séculos IV e V.
A respeito da autenticidade dos documentos
iconoclastas de Epifânio, o estudioso de iconografia da Igreja Istvan M. Bugár
escreveu:
Além disso, os pais do Sétimo
Concílio Ecumênico contestaram que o autor era Epifânio, e depois que a
iconoclastia ressurgiu, o patriarca Nicéforo (758–828) elaborou seu argumento.
Suas conclusões permaneceram autoritativas por mil e duzentos anos, até Karl
Holl, o editor crítico das obras de Epifânio, desafiá-la. Apesar do ataque
feroz de Georg Ostrogorsky contra sua visão, a esmagadora maioria dos
estudiosos do século XX tomou partido de Karl Holl. Essa visão pode ser
representada por Georg Thümmel, que escreveu sobre a questão e editou os
fragmentos décadas atrás. Agora o texto é usado regularmente em manuais para
mostrar a suposta forte resistência ao uso de imagens religiosas pelas
autoridades da igreja no quarto século. (Istvan M. Bugár “What Did EpiphaniusWrite to Emperor Theodosius?,” Scrinium 2 (2006): 72–91)
A estudiosa patrística Elizabeth Clark também
afirma este consenso:
Começando com Karl Holl em 1916, estudiosos
extraíram fragmentos de três escritos iconoclastas, agora aceitos como sendo de
Epifânio, a partir dos escritos de Nicéforo – o patriarca bizantino do
século nono que participou da controvérsia iconoclasta (...) Num panfleto contra as imagens e numa carta a
Teodósio I (ambos provavelmente escritos em 393-394, o mesmo período da carta de Epifânio para João de
Jerusalém), e um testamento para sua comunidade datado de alguns anos depois.
Epifânio repetidamente ressoa o tema de
que ter imagens de Jesus, Maria ou dos mártires é, em sua raiz, idolatria
(Fragmento 1) – um tema que foi mais cedo expresso em Ancoratus quando ele
argumenta que expressar coisas
espirituais através de uma imagem é um estágio do caminho para adoração de
deuses pagãos (Ancoratus, cap. 102). Do ponto de vista dos anos 390,
Epifânio sente que satanás está novamente a ponto de levar os cristãos de volta
a idolatria (Fragmento 19). Epifânio apresenta uma variedade de argumentos para
provar seu ponto. Por exemplo, ele alega que figuras são meramente enganadoras:
elas confundem verdade com falsidade por descrever algo como presente quando de
fato não está (Fragmento 3). Fabricantes de imagens baseiam-se em suas
fantasias para representar coisas que eles sequem poderiam ter conhecido
(Fragmentos 24 e 26). A Bíblia
corretamente condena as imagens (Fragmento 18), pois Deus é incompreensível
e inexprimível. O único memorial que
deveríamos ter de Deus é mantê-lo, de forma incorpórea, em nossos corações
(Fragmento 12). (Elizabeth A. Clark. TheOrigenist Controversy: The Cultural Construction of an Early Christian Debate.
Copyright Date: 1992, p. 103-104)
Clark cita os fragmentos a partir da edição
crítica de Karl Holl, Die Schriften des Epiphanius gegen die Bilderverehunrg,
p. 351-387. Na nota de rodapé n. 131, Clark escreveu:
As dúvidas Georg Ostrogorsky sobre a atribuição dos fragmentos a
Epifânio não encontraram apoio de outros estudiosos.
A posição amplamente majoritária (de Karl
Holl) é pela autenticidade dos fragmentos. Observem que os fragmentos não
incluem a carta 51 (para o patriarca João). Sua autenticidade nunca foi
seriamente disputada, com exceção da iniciativa dos iconófilos. A origem é bem
atestada, pois esta carta foi preserva por Jerônimo. Concluo afirmando que a
iconoclastia de Epifânio, portanto, temos um sério desafio à narrativa de que a
Igreja do séc. IV herdou uma tradição de culto aos ícones.
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